minha criança...
Estou vivendo um grande momento na paternidade. Todos os dias eu fico dividido entre o cansaço e a presença na vida de meu filho. Quando chego em casa o guri pula no meu pescoço e grita:
"-Pai, vamos brincar!"
Sou obrigado a me jogar no chão, espalhar os hot wheels pela sala, os transformers, as bolinhas de gude, o pega vareta, o jogo da memória, ufa! Eu dou uma fugidinha pra comer alguma coisa e rapidinho ele vem atrás de mim. Não desgruda, quer até passar a manteiga no meu pão, fazer o meu suco, tirar o meu sapato, rs, e por aí vai... Ele até usa de estratégia com a mãe pra tomar banho, enrola para ir pro banho alegando:
"-vou tomar banho com o papai!", rs, e finalmente até na hora de dormir, se estou na sala assistindo TV ele grita:
"-vem papai!" e só dorme quando deito ao seu lado.
Resumindo: o meu guri me quer o tempo todo ao seu lado, o tempo todo! Confesso ser muito difícil! se dedicar a um amor tão puro, tão verdadeiro. O cansaço é grande mas, tenho que ser forte, afinal de contas ele precisa de mim, sendo eu nessa instância de sua vida a sua referência para tudo!
Eu pensei tanto nessa necessidade e importância que as crianças têm por seus pais, que me emocionei quando cheguei a uma conclusão interessante, logo depois de tê-lo feito dormir. Sentei-me no meu sofá, olhei pela janela e vi estrelas no céu, e perguntei a Deus:
-Pai, por que não somos assim com o Senhor? Por que não O desejamos o tempo todo? Por que não O fazemos como nossa única referência em nossas vidas? Por que não queremos ser inseparáveis? Por quê? Por quê? ...
"Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: Quem é o maior no Reino dos céus? Chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse:
Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus." (Mateus 18:1-4)
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