Comentário da Liturgia da Festa da
              Assunção de Nossa Senhora.

     (Ap11,19ª; 12,1,3-6ª.10ab;Sl44;ICor 15, 15.20-27a;Lc1,39-56)

 

A reclusão de Isabel se abre para receber a visita de sua prima. As duas linhas paralelas se cruzam numa intersecção transcendental. O encontro de duas primas, em sua primeira gravidez, se polariza para o encontro misterioso de Jesus e João e para o hino de Maria.

A saudação de Maria é medianeira de gozo e de inspiração celeste. Isabel fala profetizando. Chama o filho de Maria de “meu Senhor” como que reconhecendo o Messias. Maria dirige o louvor para Deus, que fez tudo, ao passo que ela deixou fazer. Ela é a serva que representa Israel, servo desvalido e socorrido por Deus. O hino é de puro estilo bíblico, cheio de citações e reminiscências do AT.

O hino é alegre, festivo. A alegria irrompeu pela saudação de Gabriel, e agora toma palavra na boca de Maria.

Humildade e humilhação: Maria pertenceu ao “povo pobre e humilde” que o Senhor conservou. Me felicitarão: Profecia que vem se cumprindo na Igreja.

O resumo do hino é o seguinte: ”Tudo isso que você admira deve-se ao grande poder e à infinita bondade de Deus. Através de mim, simples criatura, Deus vai cumprir as promessas de misericórdia que fez a nossos antepassados e a todos os seus descendentes”.

Maria perseverou no amor. É uma mestra, uma professora do amor. Amar e fazer a verdadeira caridade movida apela espiritualidade, pelo Evangelho. Maria é exemplo de serviço, de amor ao próximo. Não poderia ser diferente por que Deus não quis fazer a salvação sem a colaboração de Maria. Maria é uma mulher especial, nela encontramos o modelo de resposta ao amor de Deus. Ela foi a 1ª a acreditar em Deus e a seguir Jesus. Esteve fiel até o fim e por isto foi a 1ª a gozar da ressurreição. Ela foi levada ao céu e está diante de Deus. Como 1ª em tantas coisas é a 1ª a ser assunta ao céu.


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