Dia 129 – Neemias 10 – 13 ; Malaquias 1 – 4. O povo se desviando, O último profeta.

Malaquias

05 de Maio de 2019

O povo se arrepende e confessa seus pecados se comprometendo a não tornar a fazê-los, foi assim que encerramos nossa leitura de ontem; infelizmente, na leitura de hoje veremos como o compromisso do povo é pequeno.

Vale observar que não encontramos menção a proibição da obra descrita em Esdras 4.6-23. Lembramos que ao lermos esse capítulo de Esdras, devemos pular do verso 4 para o 24, pois os versos nesse intervalo são um parêntesis de acontecimentos do tempo de Neemias. Não temos no entanto registros em Neemias de como essa situação foi contornada, mas, fato é que as obras foram concluídas, por certo Neemias em sua posição de copeiro deve ter escrito ao rei.

Os capítulos 9 e 10 nos mostram a aliança reafirmada com o povo, o 11 e o 12 nos apresentam a relação dos que ficaram morando em Jerusalém e dos que foram morar em outro lugarem de Judá; Jerusalém era uma cidade grande e estava praticamente deserta, por isso Neemias organizou um sorteio para que 1 em cada 10 pessoas de Judá se mudassem para Jerusalém (Ne 11.1), houveram aqueles que foram de livre vontade (vs 2), além das autoridades do povo que também foram.

Penso que houvesse alguns motivos para não quererem morar lá; talvez a cidade estivesse destruída, talvez não quisessem recomeçar a vida, mas querendo ou não, 10% das pessoas precisaram se mudar para Jerusalém a fim de repovoa lá.

Houve ainda a dedicação dos muros; uma grande festa com a purificação das portas e dos muros da cidade (Ne 12.30), tamanha foi a festa que o júbilo das mulheres e crianças pode ser ouvido de longe (vs 43).

O capítulo 13, e o final do livro de Neemias nos mostra como o povo se afastou de Deus após uma pequena ausência de Neemias (Ne 13.6). Tobias havia conseguido uma sala no templo para si (vs 4-5), mesmo sequer sendo de Israel, quanto mais da linhagem de Arão. O povo voltou a profanar o Sábado, obrigando Neemias a trancar as portas da cidade e até ameaçar os vendedores que insistiam em pernoitar na porta da cidade (vs 21-22). Por fim, houveram diversos casamentos com pessoas de fora de Israel.

O caso era grave, e Neemias agiu de forma dura, ele mesmo nos diz:

“E contendi com eles, e os amaldiçoei e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos e os fiz jurar por Deus, dizendo: Não dareis mais vossas filhas a seus filhos, e não tomareis mais suas filhas, nem para vossos filhos nem para vós mesmos” (Ne 13.25)

Hoje encerramos o Antigo testamento e creio ser a última advertência que aqui teremos sobre o julgo desigual, um erro tão grave e tão comum, até no meio dos sacerdotes (Ne 13.28). Encerro o livro de Neemias com esse seu precioso recorte:

“Porventura não pecou nisto Salomão, rei de Israel, não havendo entre muitas nações rei semelhante a ele, e sendo ele amado de seu Deus, e pondo-o Deus rei sobre todo o Israel? E contudo as mulheres estrangeiras o fizeram pecar.” (Ne 13:26)

Chegamos então a Malaquias, o último livro do Antigo Testamento, e de fato o último em sua cronologia. Malaquias profetisa nesse mesmo que acabamos de relatar de Neemias, sua , mensagem destina-se não só a sacerdotes, mas a todo o povo que mergulhava em uma hipocrisia diante de Deus.

Inicialmente lemos uma chamada de atenção aos sacerdotes, muitos deles não se preocupavam com a obra do Senhor, considerando-a até enfadonha (Ml 1.13). Deus lembra o povo que os filhos honram aos pais e os servos aos seus senhores, mas Ele sendo Pai e Senhor não era honrado (vs 6)

Lemos ainda sobre a importância de fidelidade conjugal, Deus afirma ser testemunha dos votos feitos pelo casal (Ml 2 .14) e nos apresenta um versículo muito forte; Deus odeia o divórcio (vs 16). Não há margem para discussões; embora o divórcio seja permitido em certos casos (veremos isso em breve), Deus odeia esse tipo de atitude. Lutemos por por nossos casamentos, pensemos duas, três, quatro vezes antes de subirmos a um altar e dizer sim. Lembramos que Deus é testemunha.

Lemos ainda sobre a vinda do Messias e daquele que lhe prepararia os caminhos (Ml 3.1). tais profecias se cumpririam na pessoa de João batista, e em breve trataremos disso.

Por fim, temos o famoso texto acerca do dízimo (Ml 3.10); o povo não estava dizimando e desse dízimo dependia o sustento dos sacerdotes e levitas (Ne 13. 10-13); Deus afirma que esse ato é uma forma de roubar a Deus.

O livro encerra com uma profecia que aqui apresento na íntegra.

“Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.”

(Ml 4:1-2)

Adriel M
Enviado por Adriel M em 05/05/2019
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