Dia 153 – João 11 – 13. Lázaro; Sacerdotes; Trigo; Isaías; Juiz; Amor.

29 de Maio de 2019

No episódio da ressurreição de Lázaro nós podemos ver algumas coisas muito interessantes; Lazaro e suas irmãs eram amados por Jesus (Jo 11.5), mas o mesmo, sabendo da doença de Lázaro, demorou-se a ir ter com ele, de forma que ao chegar, Lazaro já havia morrido e já estava na sepultura a 4 dias (Jo 11.17).

Jesus já tinha tudo em mente, Já sabia o que faria (Jo 11.15), mas, ao ver o choro dos parentes e toda aquela situação, “moveu-se muito em espírito” e Jesus chorou (Jo 11.33-35). Esse choro aqui nos mostra e empatia de Cristo, vemos que ele possuía sentimentos, era capaz de amar, mas também de sofrer.

Jesus então tira manda que tirem a pedra do túmulo e ora agradecendo ao Pai por o ter ouvido (Jo 11.41-42). Com isso, vemos que os milagres que Cristo operava, não operava de si mesmo, mas o Pai operava através dele. Jesus nunca usou o fato de ser Deus em benefício próprio, antes, viveu uma vida como todos nós, sujeito as mesmas regras.

Vale lembrar que, os Judeus acreditavam que após a morte, a alma da pessoa ainda ficava cerca de 3 dias perto do corpo, só então ela seguia para o além. Dessa forma, uma ressurreição no 4º dia era algo impensável, só poderia ser praticada por alguém com real autoridade sobre o mundo dos mortos.

Com esse milagre, os próprios sacerdotes e fariseus foram obrigados a admitir que Jesus operava muitos sinais, e que em breve todo o provo lhe creria (Jo 11.47); Nesse contexto, Caifás, o Sumo sacerdote faz uma afirmação que talvez nem ele mesmo soubesse da grandeza, ele diz: “Nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação.” (Jo 11.50).

Caifás falava aqui de forma humana, mas acabara acertando na mosca, Jesus de fato morreria pelo povo, para que todos tivessem acesso a Deus; entretanto, em sua limitada visão, os sacerdotes o queriam matar porque sua palavra era incômoda. Na verdade, passaram a tentar matar também a Lázaro (Jo 12.10), porque acabara virando uma grande prova da Messianidade de Jesus.

Olhemos agora uma palavra dita por Jesus sobre sua morte: “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (Jo 12.24).

Toda semente funciona assim, ela é só e pode permanecer assim, mas, se enterrada, ela morre e em sua morte frutifica. Jesus toma essa semelhança para si, sua morte traria a possibilidade de frutificar; o mesmo paralelo pode ser trazido aos que o seguem. Quando entregamos nossas vidas por completo a Cristo, muito se pode ser feito, quando estamos dispostos a morrer por Cristo, o evangelho verdadeiramente frutifica.

Duas pequenas observações agora, a primeira nos remete a Isaías, à sua visão da glória de Deus, João nos afirma que ali, Isaías viu a Glória de Jesus (Jo 12.41). Outra observação é uma já dita por nós; apesar de tudo, muitos da liderança dos Judeus cria em Jesus, mas não o declaravam abertamente, pois tinham medo de perderem sua posição, “Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.” (Jo 12.43).

Muitos dizem “ninguém pode me Julgar, só Deus”, com essa “desculpa” fazem o que bem entendem de suas vidas e pensam que tudo está indo bem. Jesus, no entanto nos diz que: “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” (Jo 12.48)

Você pode viver a vida como bem entender, mas saiba que um julgamento o espera no futuro, tudo o que foi dito por Jesus o julgará no último dia. Não rejeite a Cristo, Não perca a oportunidade de passar a eternidade ao lado de Deus.

Encerramos com João 13.34, ali lemos: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” (Jo 13.34). Mas como devemos amar?

A palavra aqui traduzida como “ameis” é o verbo ἀγαπάω – agapáu, desse verbo temos o famoso amor “agápe”. Esse amor não pode ser confundido com o o amor φιλῶ – filõ. Ambas palavras significam amor, mas possuem significados diferentes. A segunda ( φιλῶ – filõ), significa amor, mas no sentido de amizade; um amor que surge das relações pessoais, da afinidade do dia a dia, não é disso que Jesus fala.

Nesse texto, Jesus usa o amor ἀγαπάω – agapáu, este é um amor de atitude, um amor que se manifesta através de ações; é dessa forma que devemos ter que amar uns aos outros. Esse amor não requer sentimentos, não requer sentir nada, é um amor de atitude. Jesus não nos manda ser amigo de todos (isso seria impossuível), mas nos manda amar com nossas ações.

Não depende de sentir, mas sim de agir. Não espere sentir nada para amar, apenas ame, demonstre seu amor através de seu testemunho. Amizades podem surgir, é até bom que surjam, mas elas não são o foco e não são obrigatórias para que amemos a todos

Adriel M
Enviado por Adriel M em 29/05/2019
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