O FILHO PRÓDIGO (Prosa e Versos)

Havia um fazendeiro Dêm-lhe roupas novas

Muito rico, abastado, Sanálias, anel de ouro,

Que vivia do trabalho, Pois acabo de encontrar

Trabalho sério, honrado. O meu filho, meu tesouro!

Possuia muitos bens, Façamos a maior festa.

Dinheiro, saúde e paz. Matem o melhor novilho,

Nunca vira em sua vida, Pois eu quero ferstejar

Horas tristes, horas más. O retorno do meu filho!

Era bom e caridoso, A casa se encheu de gente,

Uma alma estremecida Veio toda a vizinhança

Para com seus dois herdeiros, Estavam todos felizes

Que eram toda a sua vida. Mulheres, homens, crianças!

Mas um dia o menor deles Porém, ao cair da noite,

Trespassou-lhe o coração: O irmão mais velho chegou.

Resolveu abandonar Estranhou aquela festa

A fazenda, o pai, o irmão: E um empregado chamou:

- Meu pai, eu já estou crescido, O moço, então, revoltado

Já não sou uma criança. Não quis entrar. Resmungando,

É por isso que eu lhe peço Sentou-se aos ´pés das porta

A minha parte da herança. E ali ficou matutando...

Eu vou sair pelo mundo Quando o bom pai veio vê-lo

Pra viver a minha vida. O rapaz foi lhe falando:

Já me cansei da fazenda, - Seu filho esbanjou a herança

Já me cansei dessa lida. No mundo se aventurando.

O pai ainda insistiu Por que o senhor festeja,

Com carinho, com ternura: Com tanta alegria e amor

- Meu filho, pense melhor, O retorno de um garoto

Pois lá fora a vida é dura. Sem juízo, esbanjador?...

Porém o moço não quis Nunca me deu um cabrito

A voz do pai escutar Pra comer com meus amigos.

E lá se foi para o mundo Por favor, não leve a mal

A fim de se aventurar... Essas coisas que lhe digo.

No começo, tudo flores! Na verdade eu não gosto

Era a vida uma beleza De toda essa festança

Amigos não lhe faltavam, Em homenagem àquele

Só por causa da riqueza! Que esbanjou a sua herança.

Porém, um dia ele viu - Por que esse barulho todo,

Que era um pobre coitado: Tanta dança e alegria?

A sua grande fortuna - É porque seu irmãozinho

Havia já se acabado. Retornou para a família

Até que um dia lembrou-se - Meu filho, querido filho

Do velho pai, do irmão. Não pense dessa maneira!

Essa lembrança querida Você nunca me deixou

Tocou-lhe o coração! Nem mesmo de brincadeira...

Resolveu então voltar Tudo o que tenho é seu,

Para a casa, sem demora. Sempre foi a vida inteira...

Juntou as tralhas que tinha Ó meu filho, deixe disso,

E depressa foi embora. Esse ciúme é bobeira!...

Seu velho pai o avistou Então o rapaz sentiu

La na curva do caminho... Que o velho tinmha razão.

Foi ao encontro do filho Com humildade entrou

Cheio de amor e carinho! Para abraçar seu irmão.

Ao se encontrarem os dois, E a festa continuou

O moço atirou-se ao chão. Na mais perfeita harmonia.

Ajoelhou-se aos pés do velho Aquele bom fazendeiro

Suplicando o seu perdão! Chorava só de alegria!

- Não sou digno meu pai, Assim também acontece

De teu filho ser chamado. Com o homem pacador

Suplico-te que me trates Que, preferindo o pecado,

Como um dos empregados! Abandona o Deus de amor.

Aquele velho amoroso Mas um dia, arrependido,

Abraçou-o com carinho Suplica o perdão de Deus.

E os dois seguiram, chorando, E acontece a maior festa

Pelo resto do caminho... Na terra e também no céu!

Chegando à casa, o bom pai

Os empregados chamou: Sebastião Gomes de Oliveira

- Venham ver meus bons amigos, Paraibuna SP

O meu filho que voltou! (12) 3974-3068

Antônio Oliveira
Enviado por Antônio Oliveira em 03/10/2007
Reeditado em 15/11/2007
Código do texto: T679350