Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores

1 Timóteo 6.15

A primeira menção da figura do rei na Bíblia aparece no capítulo 14 do livro de Gênesis quando quatro reis saíram em guerra em conjunto contra outros seis reis, inclusive de Sodoma e Gomorra, que são as cidades conhecidas no contexto. Não se sabe ao certo o motivo da guerra, mas na maioria das vezes, o rei sai em guerra para aumentar o reinado e se tornar mais poderoso. Pode ter sido o motivo da guerra destes quatro reis, assim como o foi no caso do rei da Assíria, Babilônia, Império grego, romano e francês na figura de Napoleão Bonaparte. Os reis querem território e poder.

O SENHOR não se agradou quando o povo de Israel pediu por um rei, sentiu-se rejeitado, afinal Ele é o Rei legítimo do seu povo, conforme está escrito 1 Samuel 8.7: O SENHOR Deus então lhe respondeu em seguida: “Atende, pois, a tudo o que este povo te pede, porquanto não é a ti que eles rejeitam, mas sim a minha própria pessoa, porque não desejam mais que Eu reine sobre eles! O pedido do povo foi atendido e eles tiveram o rei que queriam, mas este dominaria sobre eles conforme foi dito pelo profeta Samuel. Teve Saul, Davi, Salomão e muitos outros reis que causaram muitos transtornos para Israel, inclusive a divisão do reino.

Na passagem de 1 Timóteo 6.15, que é continuação do versículo anterior, diz: Guarda este mandamento imaculado e irrepreensível até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, (início do v.15) a qual Deus fará com que se cumpra no seu devido tempo. Ele é o bendito e único soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Esta última expressão referente a Jesus volta a se repetir em Apocalipse 19.16. É interessante que versículos antes do v.14 Paulo exorta Timóteo sobre questões relacionadas a contentamento e a riqueza. Ele diz que se tivermos com que nos sustentar e vestir devemos ficar satisfeitos e que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.

É curioso porque um rei ou um senhor, seja proprietário de terras, seja um empresário, parece nunca estar contente e o dinheiro nunca é suficiente. E certas pessoas (não todas) que detém o poder sobre uma nação ou sobre funcionários, acreditam que são superiores aos seus súditos ou subordinados. Acontece que sobre elas há um Senhor Soberano que não faz distinção nem acepção de pessoas, afinal todos vieram do pó e voltarão ao pó e como diz Paulo no versículo 7 do mesmo capítulo 15: “Porque ingressamos neste mundo sem absolutamente nada, e ao partirmos daqui, nada podemos levar”.

Na carta aos Efésios no capítulo seis Paulo exorta tanto escravos quanto senhores, trazendo para os nossos dias a exortação não muda, há a classe dos trabalhadores e a classe dos patrões, que também podem delegar algum poder para um chefe. O que apóstolo exorta é a obediência dos subordinados aos seus superiores, ou seja, aqueles que detém o poder. A pessoa que recebe uma ordem ou tem uma tarefa deve fazer como se fosse para o SENHOR. Diz ainda que não é para fazer só de aparência, mas fazer também na ausência, como está no versículo 6 (servir a vista do senhor). Da mesma forma Paulo exorta os senhores (no grego Kurios, que significa aquele que tem propriedades e poder) a não ameaçar os seus subordinados. É a única exortação, mas esta é de grande importância visto que um patrão injusto costuma ameaçar a mandar embora, mudar de função entre outras coisas. Não esquecendo que a ameaça de um superior pode configurar assédio moral.

Por mais que alguém seja poderoso, seja o presidente de um país ou de uma grande corporação com milhares de funcionário ou se é chefe de um departamento ou prefeito de uma pequena cidade, este alguém será como a neblina que aparece por um tempo e depois se dissipa, como afirmou o sábio apóstolo Tiago em sua carta. Na verdade nada temos nem podemos se não for pela soberania do Senhor, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

21/08/2020

Miguel Rodrigues
Enviado por Miguel Rodrigues em 21/08/2020
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