Jesus, o Mestre

Mateus 8.19

Quem inicia um curso universitário se depara um ou dois anos depois que iniciou uma jornada, a qual pode ir muito além de um diploma. Na verdade, hoje em dia, ter só a graduação é muito pouco para crescer na carreira. A pós-graduação pode ir desde um curso específico até a livre docência, tendo passado pelo mestrado e doutorado antes. O que está por trás de tudo isto é o conhecimento adquirido e que deve ser ensinado para outros.

A origem da palavra mestre vem do latim magister e significa aquele que manda, dirige e ensina. Em grego a palavra é didaskalos significando aquele que ensina. E Jesus, além de salvador, profeta, rei, também foi Mestre, tendo deixado muitos ensinamentos a serem aprendidos e praticados.

Na passagem de Mateus 8.19 um escriba chama Jesus de Mestre dizendo que o seguirá por onde quer que Ele fosse. Jesus responde que as raposas têm suas tocas e as aves têm seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça. Em João 13.13 Jesus diz que as pessoas O chamam de Mestre e Senhor e não estão erradas, todavia Jesus é um Mestre que serve (lavagem dos pés dos discípulos). Ele lavou os pés para deixar o exemplo de quem exerce autoridade deve servir e não ser servido (a propósito, um bom mestre ensina por meio de exemplos) . A passagem de Mateus também mostra algo semelhante, pois Jesus veio para anunciar o Evangelho, curar, ensinar, enfim servir a todo tempo, sem se preocupar onde vai descansar e quem vai lhe servir água e comida.

Há pessoas que se orgulham dos seus títulos universitários. Pedem para que sejam chamados de doutores (inclusive aqueles que sequer concluíram um doutorado). A pessoa até pode ter muito conhecimento, mas isso não a faz superior aos demais. Os ditos “doutores” devem na verdade repassar o conhecimento com muito zelo. Aliás, é uma grande responsabilidade adquirir tais títulos. A carta de Tiago no capítulo 3 diz: “Caros irmãos, não vos torneis muitos de vós mestres, porquanto sabeis que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor.”

Não foram poucos os ensinos de Jesus registrados nos Evangelhos. No Sermão do Monte há muitos ensinamentos, inclusive a oração do Pai Nosso. Era costume em Israel os rabinos ensinarem a seus discípulos uma oração, aliás, Jesus foi um rabino, que significa meu mestre em hebraico. Cristo ensinava e causava admiração nos mestres da Lei, que chegavam a exclamar: Como um homem tão simples como este tem tanto conhecimento? Não é ele filho de José, vindo de Nazaré? Os livros de teologia discutem este fato de que Jesus ensinou parábolas sobre situações que Ele não vivenciou ou presenciou de perto. Acho que não precisa de explicação porque o Mestre tinha tanto conhecimento.

Depois da ressurreição de Jesus os apóstolos deram continuidade no evangelismo. O Apóstolo Pedro também demonstrou conhecimento e intrepidez ao discursar perante o povo e também às autoridades. Mais uma vez ficaram admirados. No livro de Atos capítulo 4.13 está escrito: Observando a coragem de Pedro e de João, e tendo notado que eram homens simples e iletrados, ficaram perplexos e reconheceram que eles haviam convivido com Jesus. A explicação para tanto conhecimento e desenvoltura de Pedro está no fato de ter convivido com Jesus. Nós, também podemos ter esta mesma capacidade de ensinar a Palavra de Deus, basta ter um relacionamento constante com Jesus, e caso tenhamos a oportunidade de fazer um mestrado que façamos, mas não para ser motivo de orgulho e sim para sermos úteis, para servir.

23/09/2020

Miguel Rodrigues
Enviado por Miguel Rodrigues em 23/09/2020
Reeditado em 23/09/2020
Código do texto: T7070585
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