Certa vez, uma professora fez uma dinâmica com os alunos da minha classe. Sussurrou algo no ouvido de um colega, que então cochichou a outra pessoa o que tinha escutado. A brincadeira seguiu assim até chegar ao ultimo estudante. Quem já participou de algo assim sabe: a história que o ultimo ouve já não tem mais nada a ver com o que foi contado ao primeiro.
 
Com isso, a professora nos levou a perceber o mal e o perigo da fofoca, que nunca termina do mesmo jeito que começou. Fazer mexericos é uma das atitudes mais tristes e covardes que existem. Sua ação devastadora pode levar a vítima a ficar doente ou agredir outros para se defender.
 
No ambiente de trabalho, pode gerar processos judiciais. Em casos extremos, já levou gente ao suicídio. Mesmo assim, é um comportamento bastante popular. Há programas de televisão, revistas e sites dedicados a fofocas a respeito de pessoas conhecidas. O fuxiqueiro se sente privilegiado por ter conhecimento de “segredos” e não hesita em demonstrá-los, seja porque isso lhe dá prazer, seja porque tem ciúmes ou inveja ou quer difamar a vítima.
 
Alguns dizem que fofocar faz parte da natureza humana do homem moderno, mas a leitura bíblica de hoje mostra que já existia na época de Noé. Quando encontrou o pai em uma situação vergonhosa, seu filho Cam, em vez de cuidar dele e resguardar sua reputação, foi contar aos irmãos o que tinha visto. Felizmente, estes tiveram mais sabedoria e, em vez de continuar espalhando a notícia, preferiram proteger o pai de ser ainda mais prejudicado.
 
Não estamos livres de fofocas, mas podemos evitar que ela se multiplique – basta fechar a boca e não repetir nunca o que ouviu. Da próxima vez que alguém lhe contar um mexerico, que tal convidar essa pessoa a orar com você pela vítima do boato? Com certeza isso será mais beneficio.  
 
Leitura Bíblica: Gênesis 9. 18 – 27