Sujo como a cobra do início
Ando me rastejando de toca em toca
E nesse meu rastejar, fico imundo.
Toda imundície jogada pela sociedade
Gruda em mim, me sujando todo.
As vezes tem uma poça,
Mesmo que a água esteja suja,
Ali consigo tirar um pouco da sujeira.
Mas logo ao sair dessa poça
Deslizo por sobre a lama
E novamente tenho o corpo enlameado.
Busquei no Lava Rápido da vida me limpar,
Até deu pra disfarçar, mas a sujeira é profunda
Chegou até a alma, até o espírito.
Quando percebo minha sujeira
Tenho como primazia, me esconder.
Então me escondo no submundo da existência humana
Que é o porão da sociedade e como eu,
Muitos estão nesse porão existencial.
Não dá pra falar vida, mas sim existência.
Nesse lugar não há sentimentos, só há desgosto,
Onde o gosto é se matar lentamente
Pelo apetite exacerbado do absinto...
Nesse rastejar como a cobra do início
Estou indo para o fim como o perdido.
Perdido na sociedade, na família, em mim mesmo,
Na vida, na vida que me foi dada por alguém
Que hoje, já não sei quem é, me esqueci.
Ouvi alguém falar em uma água viva
E que essa água pode me limpar e que ela
Me levará para o CAMINHO VERDADEIRO DA VIDA.
Hoje comecei a procurar essa água e ficar limpo
Através de me renunciar e adotar a vida de Cristo.
PEREZ SEREZEIRO
jrpmserezeiro@gmail.com Londrina
“Eu já fiz isso e hoje tenho vida, porque Cristo vive em mim.”