A caridade.(Fora da caridade não há salvação)

A viagem.

A morte para o ego é o fim pois ele se alimenta do que é matéria e vaidade

e na viagem não pode levar

seus tesouros perecíveis e o orgulho

pois a pretenção de se achar melhor do

que os outros não cabe na bagagem

e o choque de ver a verdade em face

desperta o arrependimento

daqueles que não acumularam os tesouros do coração

e como farizeus modernos fizeram da ostentação e da riqueza a sua parte

enquanto se mostravam bons na aparência, mais seu jugo não era suave

e o fardo que vão carregar não será aliviado pelos que fizeram chorar

pois basta não fazer o bem para se comprometer com o mal

e aqueles que por sua causa choraram terão suas lágrimas enxugadas

pois aqueles que enxugam lágrimas alheias

não tem tempo para o próprio sofrimento.

Já para o espírito a morte é a libertação da prisão do corpo físico

e da iluzão do mundo matérial que nos cerca com suas necessidades e desejos,

assim sendo podemos ver na morte

uma passagem para uma consciência plena, onde a verdade antes oculta,

nos é revelada e temos a oportunidade de rever nossos erros

para mais tarde resgatarmos ao nascer de novo a alegria

e a oportunidade de recomeçar a viver no amor e na caridade.

Agora estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem;

mais dentre elas, a mais exelente é a caridade

(S. Paulo, 1 Epístola aos coríntios, 13:1 a 7 e 13.).

O amor é a caridade em movimento.

E fora da caridade não há salvação.

Ricardo di Paula.