Anjos galopantes, cavalos alados
Meus olhos que viram, nuvens brancas esvoaçantes em céu de anil
Abrir clarões de azul celeste no infinito
D’onde vi sair cavalos alantes de tez viril
Com Anjos em seus dorsos com espadas retinindo...
Reduzindo vidas que na terra pelejavam.
Assustado, fiquei em agonia
Ao contemplar o corre-corre desvairado
Dos corpos humanos sem cabeças que caiam
E em meus pés estrebuchavam decapitados...
Retirados dessa terra que amavam.
Pensei eu, em um momento, é meu momento.
E os Anjos que por mim passavam...
Sérios e bonitos, simples percebi: me ignoravam.
Vicente Freire – 10/04/2008.