CERTAMENTE MORREREIS

A síntese do Universo é: “O Universo é toda matéria que existe e matéria é igual a energia, espaço e tempo”.

Matéria - Produz energia e depende dela para existir – requer energia para passar a existir e a energia requer matéria para que seja produzida. Logo, matéria e energia resultam de uma conjugação indivisível, resumindo-se na mesma coisa. Para a existência da matéria requer-se a combinação de variações energéticas, as quais resultam em átomos que, combinados, produzem moléculas, que, combinadas, formam as diferentes matérias.

Energia - Pesquisas bem credenciadas provam que energia é matéria, sendo que a própria luz é matéria.

Espaço - Existe para conter a matéria. Nada pode existir sem o espaço que o contenha. Portanto, não há matéria sem espaço. De igual modo, não há espaço sem o que o ocupe. Mesmo o vácuo, que ocupa quase cem por cento do universo, é algo que ocupa esse espaço.

Tempo - O existir da matéria, energia e espaço denotam tempo. Toda atividade de produzir-se e estar faz decorrer tempo. Não é possível existir sem decorrer tempo e não há decorrência de tempo se não houver existir. Do mesmo modo, o que não existe não está e o não estar não necessita de tempo.

Portanto, não existe energia sem matéria, espaço e tempo; igualmente, não existe matéria sem energia, espaço e tempo; da mesma forma, que não existe tempo sem energia, matéria e espaço, como também não existe tempo sem matéria, energia e espaço.

O maior argumento dos defensores da doutrina da imortalidade da alma contra os que dela discordam é o de que estes são preconceituosos. Pessoas que se julgam racionais e vivem num Universo físico e material, pretendem convencer-se de que é possível a existência de um mundo energético independente da existência da matéria. Insistem em convencer-se de que não é preciso matéria para produzir energia, possibilitando então a vida após a morte.

Para construir uma casa, os construtores empilham tijolos entrelaçados uns aos outros sobre os alicerces, juntando-os com argamassa. Após prontas as paredes, cobrem-nas com o telhado, distribuindo fios através de canaletas entre elas, luzes e tomadas de energia em pontos estratégicos, interligando-os à rede elétrica. Também instalam a rede hidráulica que servirá a cada dependência. Depois fazem o reboco, instalam as aberturas, pregam o forro, assentam cerâmicas e azulejos, estendem carpetes e tapetes, pintam, enfim, dando o acabamento final. Então se vão, deixando a casa abandonada até que cheguem seus moradores. Quando estes chegam, dispõem os aparelhos em seus devidos lugares, os móveis, as cortinas, as lâmpadas, os alimentos, etc., tudo funcionalmente colocado. Quando estão em casa, eles ligam o chuveiro, cozinham, molham as plantas, usam a geladeira, lavam as roupas, limpam a casa – fazem-na funcionar, dando-lhe vida.

As pessoas na casa são a vida dela. Se elas se afastam por muito tempo, as coisas entram em processo de deterioração. Os aparelhos param, as plantas secam, a pintura descasca, o reboco cai, as paredes racham e a casa rui lentamente, pois cessou sua nutrição. A vida a mantinha. Sem a vida, ela estará morta e um dia cairá de um todo. Quem passar lamentará, mas ninguém fará algo para mudar a situação. Então os materiais seguirão jogados e as traças irão corroer até reduzi-los a pó, que será espalhado pelo vento.

Se as pessoas que a deixaram forem para outra casa, darão vida a essa outra, abrigando-se aconchegados, mas se forem morar na rua, suas vidas entrarão em processo de deterioração. Perderão o gosto pelos cuidados, pela aparência, pela limpeza, pelo trabalho, pelo conforto e aconchego. Tornar-se-ão rudes, suas aparências vão decair, as roupas ficarão rotas, a saúde definhará, a mente perderá a capacidade e a razão desaparecerá. Tornar-se-ão loucas, animalescas, vegetativas. Morrerão precocemente e antes ainda de morrerem estarão mortas para o mundo e para si mesmas.

Como vimos, em conformidade com a teoria da matéria e a energia, a casa que não tem vida em si preserva a vida das pessoas e nas pessoas a vida definha se não estiverem em casa.

Quando Deus fez o homem, conforme descrito em Gênesis capítulo dois, o boneco de barro deitado era como a casa pronta. Sem moradores, não funcionava. Tudo estava instalado, mas não funcionava, pois não tinha vida. Quando Deus soprou o fôlego de vida em suas narinas, o fôlego entrou no corpo acionando os dispositivos que o fariam inalar novo fôlego de vida ao final de cada ciclo do sistema circulatório. Os ciclos deste sistema usariam os combustáveis guardados nas células para produzir energia que faria o sistema todo funcionar, absorvendo mais alimentos, inalando mais fôlego de vida, combinando os dois e convertendo em energia.

À soma do boneco de barro com o fôlego de vida, após um fazer o outro acontecer e o todo funcionar, Deus chamou de alma vivente. Ou seja, a casa com seus moradores e tudo funcionando passa a ser alma vivente. Torna-se vivente porque funciona, repetindo o ciclo que produz energia, que sustenta o funcionamento, que é a vida.

Portanto, alma não é uma entidade independente do corpo, mas a soma de ambos, quando a pessoa passa a existir. Quando a família sai, a casa deixa de ser vivente, então não existe mais a alma, pois já não tem vida e a casa morta entra em processo de decomposição. A vida esgotou-se, pois sua produção cessou, foi impedida e parou.

É o que acontece quando um ser humano, um animal, ou uma planta morre. A vida não sai e vai embora, mas cessa de ser produzida, porque o que faz funcionar o corpo é a vida e o corpo funcionando produz a vida.

A casa em ruínas não poderá fazer nada por si para voltar a ter vida, tampouco terá nela vida guardada para animar-se quando a família que a anima desligar-se dela. Como casa abandonada seguirá arruinando-se sempre mais, até tornar-se pó. Todavia, esse estado de morte e ruína poderá ser revertido caso os pedreiros retornem e comessem a recompor as paredes tijolo por tijolo, pondo novo telhado, refazendo as instalações, tirando os entulhos, reparando o acabamento e trazendo pessoas para morar.

Ao desobedecer a Deus, o homem passou a viver por suas próprias regras, desprezando as instruções do Criador quanto ao uso do corpo, da mente, do meio ambiente, bem como quanto à relação com os outros seres humanos e os animais. Com o mau uso que empreendeu de tudo, o ser humano passou a dificultar o funcionamento do seu corpo, obstruindo a produção de vida a ponto de impedir completamente seu corpo de produzi-la, ou produzir ao que os espiritistas e esotéricos chamam de energia, que pretendem que possa existir sem o corpo. Assim, com a produção de vida impedida, indivíduos humanos passaram a morrer. Todavia, não sendo bastante a morte dos indivíduos, o ser humano seguiu se afastando continuamente de Deus, fugindo das censuras por suas atitudes degradantes da vida alheia e da sua própria em prol de prazeres intensos. Desligando-se assim de Deus, foi perdendo de vista as orientações divinas, ao passo que se convencia que confiando em seus próprios pensamentos obstinados manteria o equilíbrio e a vida. Tornou-se, por fim o único guia de si mesmo, guiado somente por seus desejos. Todos os indivíduos se tornaram seus próprios guias, tendo cada um seus desejos em vista, criando conceitos de certo e errado individuais, justificando a dispersão e desunião dos seres humanos, bem como a exploração, a opressão, a manipulação, a injustiça, a desigualdade, a pobreza e a fome. Assim, a destruição que o indivíduo causava em si mesmo foi estendido à natureza e ao semelhante, obstruindo a produção de vida em conjunto, produzindo o efeito cascata que exterminará à humanidade quando todos deixarem de viver e quando não mais nascer crianças.

Uma vez deteriorando-se a vida, as tentativas humanas para reverter o processo produzem sempre mais deterioração. Os seres humanos colocaram-se em cheque-mate. Prova é o problema da escassez e inflação dos alimentos no mundo inteiro, discutido atualmente pelos presidentes de todos os países face à necessidade urgente de produção de bio-combustíveis, com que seria possível reduzir um pouco a poluição do meio-ambiente adiando a morte de milhares de pessoas através de terremotos, maremotos, tornados, ciclones, temporais de granizo, inundações, etc.. Todavia, a produção de combustível menos agressivo prejudica a produção de alimento, fazendo que muitos já estejam morrendo de fome, elevando essa estatística alarmantemente daqui para frente.

A humanidade vê-se encurralada porque os seres humanos buscam alternativas sempre mais divergentes das orientações de Deus. São como se a casa em ruína tentasse se reconstruir sem poder e sem saber como. Outro exemplo desse curral e das soluções equivocadas dos seres humanos vê-se numa pesquisa brasileira de doze anos sobre casamentos e divórcios. Percebeu-se que a maior parte dos divórcios registrados no período ocorreram em famílias cuja esposa ganha mais que o marido, ou este perde o emprego, então a mulher torna-se a cabeça da família. Segundo as orientações de Deus, o homem deveria ser a cabeça da família e a mãe deveria administrar a economia doméstica, criar e educar os filhos. É possível que em poucos anos alguém vá para prisão por falar isto. A verdade, porém, é que muitos homens há que não cumprem seus compromissos de provedor, ao passo que muitas mulheres ambicionam tornarem-se superiores aos homens. Por isto essa disputa acirrada, que favorece aos capitalistas exploradores, que se aproveitam da divisão conjugal para remunerar o trabalho com salários de fome, obrigando as famílias a contar com a renda da mãe, aumentando mais a oferta de mão-de-obra, com que podem remunerar homens e mulheres com salários ainda menores. Isto sem contar a exploração ao consumo, o fetichismo e a vaidade, do qual a mulher é o maior alvo, outro motivo pelo qual ela engrossa as fileiras de oferta de mão-de-obra em busca da independência do homem, cujo maior pecado tem sido subjugá-la e dela esquecer-se em sua busca pela satisfação do próprio prazer.

Outro exemplo é a solução que se dá ao resultado do desemprego e exploração à mão-de-obra do trabalhador, que produz miséria, analfabetismo, humilhação, violência e injustiça. Em vez de reverter o quadro com ações de e humanitarismo distribuição de renda, criando empregos, oportunidades e meios para todos, a fim de poder seguir roubando nos salários dos trabalhadores e fechando postos de trabalho para aumentar os lucros, eles põem policiais nas ruas, reprimindo a indignação do povo sofredor, que resulta em reações sempre mais desesperadas e violentas, formando bandidos que servirão ao mundo do crime, que será reprimido com violência sempre crescente, suscitando mais violência como resposta, elevando violência ao mais alto grau, chegando ao ponto de cultua-se a polícia como solução para o caos social.

Deveriam colocar era a justiça na rua. Não essa instituição que defende leis feitas para reprimir os menos favorecidos e favorecer os opressores, mas a justiça que reduziria o abismo entre os ricos e os pobres.

São inúmeros os exemplos das distorções humanas quanto às soluções para os problemas pelo homem criados, mas precisaria de um livro para descrevê-las.

Portanto, como a casa em ruínas por ter seus moradores se afastado dela, a humanidade em deterioração não tem poder em si para reconstruir-se e retomar a produção de vida restauradora, carecendo que seu Construtor a restaure, refazendo o processo de construção e pondo novo fôlego de vida nela. Do contrário, seguiremos ao extermínio, para onde rumamos agora, e as notícias nos jornais bem mostram.

Já adentramos oito anos na Era de Aquário, que os novaeristas diziam que seria de paz, mas desde 2001, quando essa era começou, a violência, a miséria, os conflitos, as epidemias, o descontrole da natureza, etc., somente cresceram. O que não se viu foi o menor progresso rumo à paz, mas rumo à “tribulação jamais vista”, conforme advertiu Jesus referindo-se ao que aconteceria quando “andassem dizendo ‘há paz e segurança’”.

Quando nos tivermos exterminado em poucas décadas, em que recém-nascidos os espíritos, ou energias que os espíritas dizem que vivem independentes da matéria, reencarnarão para dar continuidade ao ciclo de reencarnações que eles dizem que existe? – um ciclo ilógico, onde o efeito da obstrução da vida pelo mau uso do corpo que a produz é a produção de uma vida mais plena e constante.

Se for assim, é contraditório cuidar do corpo e da natureza, pois os espíritas dizem nas entrelinhas de sua doutrina que quanto mais rápido morrermos mais rápido alcançaremos a vida plena. E se disserem que os que agem mal nesta vida serão castigados com muitas mais reencarnações, contradizem seu próprio argumento ao dizerem que é preconceito acreditar que tudo o que a Bíblia diz é verdade, pois nela é que estão as normas de boa conduta para a longevidade nesta vida. Não há outro livro com regras que produzam tão bons resultados.

De mais a mais, para quê então reencarnar centenas de vezes a fim de agir corretamente, não cometendo os erros que resultam em tantas reencarnações, se já se pode seguir as regras de Deus na Bíblia nesta vida, produzindo uma vida mais saudável, satisfatória e longa, podendo ir diretamente para a vida eterna ao ser ressuscitado quando Jesus voltar?

Há mais de três mil anos a Bíblia está cheia de regras de saúde que davam aos israelitas daquele tempo uma expectativa média de vida entre setenta e setenta e cinco anos, enquanto no mesmo tempo os egípcios viviam em média trinta e cinco. Essas mesmas regras fazem os adventistas e judeus viverem em média dez a quinze anos acima da melhor expectativa de vida de qualquer povo na atualidade. Isto segundo matéria recente da revista National Geografic.

Se for verdade que nem tudo na Bíblia é digno de credibilidade, que autoridade pretende determinar isto? Os espíritas, com seus escritos isentos de orientações preventivas de saúde que produzam resultados comprovados? Sem alguma profecia que tenha se cumprido e sem um livro profético e normativo que tenha sobrevivido há três mil anos de perseguições?

Felizmente, o Deus Criador é o mesmo que criou as regras de proteção e preservação, as quais, sendo seguidas, levam o indivíduo e sua comunidade a viver melhor e com mais saúde, mesmo neste mundo corrompido pelos que desprezam a vontade de Seu Criador. Felizmente, o Deus que está no controle é o mesmo que disse “certamente morrereis”, o que era uma advertência e não uma ameaça. Felizmente Ele nos fez livres para escolhermos da sã consciência o bem e o mal e colhermos os resultados de nossas boas e más ações, sendo que se seguirmos Seus conselhos viveremos mais e melhor nesta vida que realmente existe. Felizmente Ele mesmo prometeu que irá reverter esse quadro de deterioração da humanidade, quando todos tiverem sido advertidos sob a observância de Sua vontade para a continuidade da vida. E se todas as advertências que Ele fez se cumpriram até aqui, certamente essa também se cumprirá.

Wilson do Amaral

Wilson do Amaral Escritor
Enviado por Wilson do Amaral Escritor em 05/05/2008
Código do texto: T975595