De mim

Já desabitei-me de mim

Para viver-te, epiderme sangrenta!

Porque tu me vestes c’o véu da tua cor

E Isso faz-me querer mais dos teus segredos.

Cá, deitado em sonhos de amor,

Provo do deleite sem fim de

Querer te encontrar num abraço de flor,

Num despojar de teu céu

Daí, lembro-me da tua fragrância

Que esmaga o beija-flor aqui dentro:

Fria, covarde, lentamente...

Já me recolho pra outro de mim

A ludibriar meus pensamentos

Nessa incerta ebulição,

Que mais me assola,

Que mais me atormenta…

Professor Daniel Silva
Enviado por Professor Daniel Silva em 04/03/2016
Reeditado em 08/06/2016
Código do texto: T5563289
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