Sopro Virtualizado
A Poesia quem diria
soltou-se do lápis
embrenhou-se por entre as ondas
sabendo bem desse viés subversivo
abusivo...
Paradoxo!
a flor do livro feneceu
esvaziou o papel
e agora lhe dá licença
a Babel
tela fria impessoal
em clarão novo
quase urgência...
na água que não dessedenta
por efêmera
perdura esse canto intenso
não declarado
ainda bem sentida
em epigramas soltos
nesse sopro de vida
virtualizado...
Maria Lucia (Centelha Luminosa)