Metapoema particular
Faço versos livres
no intuito de não seguir a rígida forma.
Não escrevo para que me ouças,
tampouco para que satisfaça a sua vontade.
Escrevo para que me entendas e,
para isso, o faço bandidamente bem.
Não é que eu me ache de maneira sublime
como um Olimpiano
é que, na verdade, o baluarte da minha escrita
é rompido por poucos.
Prefiro a frivolidade a mim pregada
do que o hermetismo consolidado
pelo analfabetismo literário.
Escrevo como um fim
de uma causa justa.
Quero que me entendas,mas, sobretudo,
que me entendas para entender a inutilidade da minha escrita
ou a receita da sua vida.
Só não deixes ficar implícito
aquilo que não foi lhe dito.