Metapoema particular

Faço versos livres

no intuito de não seguir a rígida forma.

Não escrevo para que me ouças,

tampouco para que satisfaça a sua vontade.

Escrevo para que me entendas e,

para isso, o faço bandidamente bem.

Não é que eu me ache de maneira sublime

como um Olimpiano

é que, na verdade, o baluarte da minha escrita

é rompido por poucos.

Prefiro a frivolidade a mim pregada

do que o hermetismo consolidado

pelo analfabetismo literário.

Escrevo como um fim

de uma causa justa.

Quero que me entendas,mas, sobretudo,

que me entendas para entender a inutilidade da minha escrita

ou a receita da sua vida.

Só não deixes ficar implícito

aquilo que não foi lhe dito.

Luis Benevides
Enviado por Luis Benevides em 07/12/2017
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