O poema e o leitor

O poema tem asas

Dolentes como a borboleta

Mas, o poema não voa

Seu voo é do leitor,

É extrínseco é libertador...

Se sonhos líricos ou idílicas

Metáforas nostalgicas,

O poema é o navio dos sentimentos

Herméticos.

O voo solitário da andorinha...

Os espasmos eróticos secretos

Dos primeiros suspiros, das fantasias,

O roçar suave do sabonete às coxas,

O rubor, o extase... o pleno gozo!

Se sonhos de conquistas, de impérios

E de dor, o poema é rude...

Doloroso como a perda.

Como o golpe fatal e rubro,

Como o céu cinza escuro!

Se o poema se exibe

Em letras, palavras

E sentimentos,

É porque quer flertar,

Conquistar, prender!

O poema é do leitor,

Em seus sonhos

Alegrias

Desejos

Segredos

E dor!

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 19/06/2018
Reeditado em 19/06/2018
Código do texto: T6368642
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