Pilhar em verso

Olhe quanta presunção, essa

Pensando em palavras, há logo um engano

Expectativa à fingida emoção

Não há nada de mensagem, deixou até de ser recado

Um esquema moldado de pura ladroagem

Seu investimento aqui, foi caro

Roubei-lhe um momento favorável

Entretenimento barato, este de pedreira do vocabulário

Te engano com uma propaganda do passado

E ainda voltarás por mérito mal colocado

Por encanto de sereia, com rimas te laço atenção

Em resposta desconhecida, bates teu coração

O sangue esquenta e a dúvida lhe adentra

Paro ou continuo?

Ninguém saberás o seu destino

Palmas?! Há! Que nada...

Forjei desconforto em não-prosa

Volte amanhã, lhe darei uma flor rosa.

Clara Nuvens
Enviado por Clara Nuvens em 04/09/2018
Reeditado em 05/09/2018
Código do texto: T6439431
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