Pilhar em verso
Olhe quanta presunção, essa
Pensando em palavras, há logo um engano
Expectativa à fingida emoção
Não há nada de mensagem, deixou até de ser recado
Um esquema moldado de pura ladroagem
Seu investimento aqui, foi caro
Roubei-lhe um momento favorável
Entretenimento barato, este de pedreira do vocabulário
Te engano com uma propaganda do passado
E ainda voltarás por mérito mal colocado
Por encanto de sereia, com rimas te laço atenção
Em resposta desconhecida, bates teu coração
O sangue esquenta e a dúvida lhe adentra
Paro ou continuo?
Ninguém saberás o seu destino
Palmas?! Há! Que nada...
Forjei desconforto em não-prosa
Volte amanhã, lhe darei uma flor rosa.