Soneto do Escriba
Eu leio o que eu escrevo
E num piscar eu me vejo
Ali perdido nas palavras
A minha alma devassada
As mais ternas paixões
Minhas tristes desilusões
Meu passado e presente
E o futuro que há na frente
Vejo meus reais tormentos
Lembro copiosos momentos
Tudo atravessa minha retina
Escrever é o meu alento
Revelo-me o que há por dentro
E que escondo numa cortina