Lampejo lírico
Musas reluzentes que abrilhantam a folha em branco
venham, não hesitem em espalhar o dom da sexta arte
neste papel virgem de inspirações do salgado pranto
que tempera com melodia, os versos de um mundo à parte
Inspiração perdida em meio a uma respiração ardente
volte e invada por completo meu coração pulsante
que declara vislumbrado minha paixão mais eloquente
que é a de viver na beira da escrita do destino errante
Em camadas pétreas ergueu-se o prado no horizonte
nascido da centelha que incandesce o bendito sentimento
de criação sensível da paisagem no ápice de sua fonte
devolvendo em primária luz, o sopro de vida aos ventos
Sinto o calor de suas mãos sobre minha pele sofrida
não abandone suas doces vozes em um canto distante
nem seus dons que afugentam a monotonia de uma vida
aberta em um livro para vocês, minhas nobres visitantes