Infarto

Infarto

Fartura interna de sentimentos

Quase morrer é quase viver

Desmatar é desmorrer

Ou desviver

Quem tropeça e pisa o além

Nunca volta em completude

Sempre fica um pedaço lá

É quando se mira o abrangente

A vislumbrar a imensidão do nada

Eis que a luz da razão a tudo clareia

E os pés voltam a tocar o chão

Quando se enfrenta a escuridão

A luz se torna a mais bela dádiva

O banho se torna quente por magia

E sacar a rolha do vinho obrigação

Alguns dos meus vizinhos se foram

Para iluminar meu caminho

Para me abrir as portas do infinito

Mas que esperem um pouco

Pois ainda estou a caminhar

Há alcovas para aquecer

Corações para alegrar

Existências para inebriar

Pois o coração insiste em pulsar