AO NASCIMENTO DO POEMA

AO NASCIMENTO DO POEMA

O nascimento, desde o exterior,

Vê o tudo habitável,

Por distâncias naufragadas.

Intervalos úmidos,

Preparam telas,

Com o quebrar arejado,

Das respirações demonstrativas da infância.

As perdas localizam idas,

Em noites iluminadas por paraísos,

Apreendendo unicidades.

A indicação do movimento,

Faz do voo,

Uma pressa anexada.

O já nega,

O haver das canções.

A carga das posses fraternas,

Canta recordações.

Os sons do afastamento opcional,

Diminuem os desagrados do florescer.

Posições geradas pelos perfumes das horas,

Brilham para o talvez do jamais.

A existência do senão,

Acalma a esperança.

A grandeza, encostada a dias juntos,

À margem de passos,

Transporta geograficamente o agora,

À fechadura do poema.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 18/06/2022
Código do texto: T7539984
Classificação de conteúdo: seguro