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Eu corro atrás de versos que me escapam

Por entre núcleos vãos de pensamentos

De um vejo o sorriso muito álacre

Um outro traz o olhar fora do tempo

São como menininhos mui travessos

Respostas de perguntas que nem sei

Confundem a razão pelos avessos

Mas brincam com os mistérios que neguei

Às vezes adivinho um muito triste

Chorando entre as mortalhas da infância

Tateio e abraço o seu exílio

Nem todo longe é um longe de distância

Sapecas, vão por toda a residência,

Sussurram, seduzindo por segredos,

Cirandas aos frontais da consciência

Mas quantos já não foram degradados?

Por certo há um jardim subterrâneo

Nas lápides sem letras que entrevi

Placentas soterradas no meu crânio;

Algoz sou dos poemas que eu morri

David Ariru
Enviado por David Ariru em 07/07/2022
Código do texto: T7554452
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