Pelo Ralo

          A água do chuveiro empurrava para o ralo todo o cansaço de mais um dia de trabalho. Mesmo depois que a luz apagou, permaneci ali, acariciando a vida que morava na grande barriga ensaboada. Quando aquelas mãos prenderam meu corpo, embrulhando-o na cortina do box, nem sei se vomitei o grito. A sensação que guardei foi a do líquido quente e grosso escorrendo por entre minhas pernas.
Rosane Coelho
Enviado por Rosane Coelho em 17/11/2012
Reeditado em 17/11/2012
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