O cão fúnebre
O vira-lata Totó
Sentia o odor da morte
Sempre seguia pelas ruas
Quem se aproximava da má sorte
Quando o via nas costas
O desastre era certo
No outro dia já podia marcar
O descanso no cemitério
Muitos passavam o tempo
Seguindo os passos do canino
Para saber quem seria o próximo
A sofrer o mal divino
Um dia o cão girava louco
Tentando seguir o próprio rabo
Até que num acesso de tontura
Se render ao destino trágico.