AMOR BANDIDO

Ele simplesmente a amava e ela o amava com a fome voraz de fera no cio. Era um amor desmedido lascivo, doloroso, amor sanguíneo, carnal, pulsante; um amor que rasgou abruptamente o véu daquelas duas almas miseráveis. E eles ficaram cegos de amor, não importava se o mundo estava às avessas, se existiam outras pessoas ou outros seres viventes. Viviam na egocentricidade de um paraíso criado para eles. E assim, nutriam-se um do outro como se eles fossem suas únicas fontes de alimento.

Mas a natureza conspira para o bem coletivo e eles não podiam viver como dois estranhos no ninho. Mas não permitiam intrusos em suas vidas e não aceitaram o curso natural das coisas. E, assim, mancharam suas mãos de sangue. Foram punidos pelas leis dos homens. E o único fruto bom que vingou daquela história de amor foi um filho concebido na prisão

jambo
Enviado por jambo em 06/04/2016
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