Crise Existencial

Enquanto a chuva caía lá fora, seus pensamentos viajavam em busca de si mesma. Aprisionada, trancafiada, anulada, havia perdido muito tempo fazendo os outros felizes. Olhou-se no espelho, assustou-se! Quem era aquela que estava no espelho? Perdera seus traços joviais, o tempo a consumira. Não perdera a essência, porém, estava perdida dentro de si.

Na alma - cicatrizes do que o tempo levou...

No coração – amor, nada mais que amor...

Em sua existência – uma mutação necessária.

As lágrimas gotejavam o rosto desfigurado pelo tempo. Era necessário deixar de doer tanto! Mas como? Tudo que fizera até então, era agradar aos outros, e enganar-se. Sabia que faltava o essencial... Por vezes, convencia-se que estava tudo bem! Por outras, o silencio gritava dentro de si. Faltava tudo! Sua existência era um abismo! Um buraco sem fim...

Lutava para manter-se sóbria e equilibrada em meio ao caos de sua existência. A razão ofuscava as ilusões que criara. Por muito tempo sentiu-se fracassada, incapaz...

Dotada de uma confusão dentro de si, crises existenciais a mantinha anônima no silêncio de si mesma...

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Intensidade
Enviado por Intensidade em 13/11/2016
Reeditado em 13/11/2016
Código do texto: T5821804
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