Repetições

Quem o via pelas manhãs não sabia do que ele era capaz, ele não trazia posses nem fazia alarde dos seus talentos, era apenas um rapaz simples e quieto.

Mas logo depois do desjejum, ele já começava a construir. No final da tarde, o resultado era sempre magnífico, ele era realmente um artista.

Quando escurecia, todos admiravam seu trabalho, e ele, embriagado de sucesso, entregava-se ao orgulho daquele breve momento.

No decorrer da noite, porém, completamente entorpecido, acabava perdendo tudo o que havia construído, e envergonhado, mudava-se para outra cidade.

Todos os dias esta história se repetia, invariavelmente, até que um dia, alguma coisa diferente aconteceu.

Ricardo Selva
Enviado por Ricardo Selva em 26/12/2016
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