Imagem do Google

   Cão farejador
 
 
   À medida que subia a colina, na penumbra de fim de tarde, pôde divisar um estranho farfalhar por entre os arbustos lá do topo. Quanto mais se aproximava, maior a agitação verde e mais curta a sua respiração. Seria verdade o que sempre ouvira falar sobre aquele povoado? Diziam os nativos que os caminhantes que se aventuravam sozinhos jamais retornavam! O certo é que não era homem de medos ou incertezas e suas habilidades de rastreador jamais o haviam abandonado, tanto que era conhecido como o “cão farejador”.
 
   A noite caiu rapidamente ao atingir o ápice da formação rochosa, com o coração aos pulos e suas vestes tomadas pelo suor. O movimento entre as folhagens dera lugar a um ruído contínuo que se assemelhava a um monótono ressonar. Foi então que sua coragem transformou-se em genuíno sobressalto ao atacar com golpes de bastão o local de origem do som.
 
   As semanas seguintes continuaram enluaradas, sem que ninguém se aventurasse em andanças solitárias. O mistério dos desaparecimentos se prolongava por meses, apesar dos inúmeros especialistas que por ali haviam passado. As autoridades locais agora se esmeravam em conseguir mais um...