Esboço de dois amores.

Tenso, dirige-se à janela e e olha as pessoas caminhando na rua.

Parecem formigas, pensa ele. Para onde irão?

Precisa descansar, sair um pouco, buscar nas ruas e becos o que restou de si.

O pouco que não foi absorvido por ela.

Sai batendo a porta.

Ela fica gritando. Grita até ficar sem voz.

Chora o que ele leva consigo cada vez que bate a porta e sai sem explicações.

Parte dela fica, parte vai atrás, sem rumo nem juízo.

Só no apartamento que ela chama lar, tenta reter a esperança.

A esperança é o que resta do que ele chama amor.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 03/07/2011
Código do texto: T3073436
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.