Genialidade masculina

Wilson Correia

J namorava A fazia um ano. Certo dia, viu-se a sós não sei por qual motivo e resolveu ir a uma festa na vizinhança. Bateu de bico com M e colou nela a noite inteira. Quando se despediram, fez questão de advertiro affair: “Pelo amor de Deus, não me apareça lá em casa”. Passada uma semana, A retornou e se aconchegou no quarto de J, como sempre. De repente bateram na porta: “J está?”. Ato continuo e J foi gritado: “J, estão te chamando”. Ele saiu inocente do quarto e se dirigiu à porta. Quando viu que era M, a morena para qualquer deslize, em um átimo se lembrou do primo, que estava na cozinha: “Priminho, é pra você”. E o parente, que sabia da escapadela de J, entrou no clima: “Você por aqui, meu amor?”, gritando para o quarteirão inteiro ouvir. E lá se foi J para o calor de A, não sem antes chavear a porta do quarto. Mais tarde, livres de A e de M, eles comemoravam, sob grande pulga na orelha de J: “Agora, me diga se uma mulher saberia reconhecer essa nossa genialidade. Saberia?”.