Por entre areia, quereres e conchas
Ela não sabia mais o que fazer para organizar seus pensamentos sequer suas fobias, assim como também não imaginava por onde deveria iniciar para fazer sair do seu peito todos aqueles tantos quereres! Foi aí que ela, num instante de aparente surto, se desnudou e correu para o mar, sempre o seu abrigo. Em seguida, exausta, ela se misturou com a areia encharcada e com as conchas, e permaneceu ali deitada, confiada ao sol, tocando-se, querendo-se... e após esse ritual era inviável não sair dali transformada. Confiava mais nela. Teria possibilidade de cativar quem ela quisesse, porque havia conseguido fazer as pazes consigo própria e era ela a sua mais nova conquista!