A hipnoterapeuta pediu para que eu relaxasse.

Disse-me: - feche os olhos e pense no passado, nos tempos de criança, nas boas lembranças e tente ir além...

Um flash em minha mente, a figura de um menino tristonho que olhava da janela de seu quarto e observava as crianças brincando na praia quase deserta.

Sol a pino, mar anilado, gaivotas a voejar livremente embaladas pela brisa suave.

Pude ver as lágrimas em seus olhos e o esforço ao tentar sair daquela prisão que a poliomelite lhe “presenteara”...

Estranha sensação de desamparo.

Sobressaltado, acordei...

Mamãe sorria docemente para mim!



-reeditado -