Dama de negro

As borboletas como as rosas nas poucas horas de vida,mais vivem que as ostras,as pedras; mas a fragilidade cabe ao medo, correntes,muralhas,as grades invisíveis d'alma, o nada existente pleno.

Tal qual vive a dama de negro; a que o sol não toca, a quem a escuridade acompanha,a que não se escuta. Fechada em si mesma,anônima;quando o único humano é ela mesma,quando a vida que respira a sua volta, são as árvores e as flores cultivadas.

Diante do medo de tudo e de todos, que a mantém n' autista mundo,capaz de ouvir o som das folhas ;posto que o silêncio lhe basta

Morrendo nas horas.

Dançando com lobos
Enviado por Dançando com lobos em 30/04/2013
Reeditado em 08/05/2013
Código do texto: T4267959
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.