PORTA FECHADA

 

 

“Só nos curamos de um sofrimento depois de o haver suportado até ao fim”.

(Marcel Proust)

 

 

Fechou a porta, vagarosamente, e saiu, deixando para trás tudo o que viveu, amou e sofreu por um amor descabido, sem razão de existir. Se voltaria um dia? Não soube dizer, naquele momento. Tudo o que lhe restava eram lágrimas, encharcando seu rosto. Um pranto que denotava tristeza pelas mágoas e arrependimento, não de saudade...

 

 

(Milla Pereira)