SONHAR TODOS NÓS SONHAMOS
 
Dificilmente lembro dos sonhos que tenho, mas o  de ontem eu me recordo. Nesse sonho  parecia perdida em algum lugar do passado, caminhando por estranhas terras, sem saber ao certo se caminhava para frente ou andava para trás e embora tão dispersa entre todas as coisas e contingências eu procurava  um rosto já sem traços, que teimo em não esquecer . E sem mais forças para mais um passo sentei-me debaixo de uma árvore  e encostei minha cabeça no seu tronco firme. Ao sentir essa firmeza, vi-me como  Zaratustra, quando  disse: “Se eu quisesse sacudir esta árvore com as minhas mãos não poderia; mas o vento que não vemos, açoita-a e dobra-a como lhe apraz. Também a nós outros, mãos invisíveis nos açoitam e dobram rudemente!.
 Foi quando os primeiros raios da manhã invadiram o meu quarto e eu acordei para dar bom dia ao pequeno jornaleiro.
                            

 

 
 
 
 
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 25/11/2014
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