AH, COMO SÃO INTERESSANTES OS QUE ESCREVEM!
 
 
Como é envolvente a magia da nossa própria transformação em herói, em bandido, em mocinho, mocinha... Imaginamos tais personagens  e  criamos situações, cenários, enredos intrigantes, nos situamos e passamos a viver como se de fato personagens fossemos. Eu posso imaginar um ser, tomar sua forma, suas dores, eu posso falar de uma ilusão  que se foi e eu não sei por que se foi; eu posso falar de amor, eu posso culpar o meu anjo da guarda por ter aberto a porta do meu coração  para esse amor entrar; eu posso falar do quanto brigávamos e quanto  representávamos para um teatro sem platéia; eu posso falar da experiência de ter chorado por alguém; eu posso falar de um amor não correspondido   e, finalmente, eu posso falar  de um adeus antes do esperado, um adeus de quem não escolhi pra receber... Para em seguida desnudar-me da personagem  e deletar sua história

 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 11/03/2015
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