AINDA naquele tempo de Abraão, Jacob, David e outros, os homens viviam além das idades mais longínquas: 100 anos, 110 anos, 120 anos, e suas passagens se davam na verdadeira velhice. Assim, o reino do céu era habitado por Deus e os anciãos que já cumpriram suas penas no ‘campus’ da Terra e não conseguiram mais manter suas almas presas àqueles velhos corpos já sem forças, debilitados.
     AINDA nesse tempo, o Criador às vezes falava com os homens e a eles transmitia suas mais Divinas vontades e desejos. Foi aí que Deus observou o quanto Ele esta só, cercado de almas cansadas, que só queriam aproveitar o descanso eterno naquele paraíso. Pouco falavam, não faziam barulho, nem mesmo incomodavam o Pai com suas fraquezas, que na realidade eram nenhuma.
     DEUS, quando vinha a Terra, aqui via o alvoroço, a correria, os gritos, as discussões e até mesmo as tagarelices dos mais jovens que buscavam orientações sobre tudo e todos que os cercavam. Fazendo Ele de seus pensamentos suas ações, resolveu também ter em seu reino um pouco daquelas figurinhas complicadas, mas que dariam mais coloridos àquela imensidão de sombras e quietudes.
TOMOU uma decisão: “a partir daquele momento, Ele continuaria dando às mulheres o direito ao filho para sua companhia e preservação da família, porém, após determinada quantidade de crianças nascidas na Terra, Ele usaria aqueles mesmos meios maternos emprestados para gerar outras crianças que, após o nascimento, deveriam fazer passagem para a alegria de seu reino.” Enquanto aquelas seguiriam suas rotinas na Terra entre paz e guerra, medo e coragem, vitória e fracasso, saúde e doença, virtudes e pecados, além do direito à busca pela vida eterna; estas iriam quebrar todo aquele silêncio de seu reino que já estava Lhe deixando meio-humano.
     ASSIM Deus formou sua legião de Anjos, uma falange que continua crescendo para sua alegria, mas para a angústia mortal dos homens hospedeiros.
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                                           (ARO> 2015)