Visitante raro

Eramos cinco à mesa daquele restaurante semi-novo, instalado à beira da foz do rio Capibaribe, com uma brisa para aliviar o calor de mais um dia na capital recifense. Eu olhei para os lados e senti algo tranquilo e renovador. Já tinha estado naquele mesmo local e em outros de mesmo estilo. Também ja havia vivido o suficiente para entender que reuniões de amigos são ambientes favoráveis à diversão. Não havia a menor pretensão de tornar aquele momento especial. Mas havia sim muito tempo desde que nada semelhante se apresentava.

Do nada me reencontro com o sentimento: uma calma , uma paz, muito riso, muitas brincadeiras, muita beleza percebida, devidamente aflorada e, finalmente, nenhum excesso de pensamentos negativos que outrora tanto insistiam em aparecer. Havia tempo que não experimentava essa sensação. Parecia algo como um reencontro com uma pessoa antiga da qual você sempre sentiu muita saudade.

Naquela noite, ao chegar em casa, me deixei influenciar por uma voz dentro da minha cabeça. Era o meu lado otimista que deu o ar da graça. Ele fez afirmações que soaram quase que como uma ordem. "Você libertou a você mesmo quando decidiu ficar! Agora aproveite essa sua liberdade como um prisioneiro liberado da pena antes da hora. Faça o bem! Siga no bom caminho para não correr o risco de se atrasar ainda mais. Obedeça a sua essência. E, finalmente, diga não à repressão e à depressão. E agora deite e durma que amanhã tem mais. Fica bem."

E assim dormi.

Assis Junior
Enviado por Assis Junior em 29/08/2015
Reeditado em 31/08/2015
Código do texto: T5362973
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.