UM CORPO QUE CAI - A SAGA DE ARMANDO - CAP. 17

Todos olharam ao mesmo tempo para HELENA. Todos, menos Armando, que estava caído em meio à poça de seu próprio sangue.

Do revólver que Helena havia tirado do coldre do Delegado Pontes, ainda saía um fio de fumaça.

Atônita, a moça jogou a arma quente na grama. Armando, atingido no quadril, debatia-se de dor, sendo socorrido pelo inspetor Pimenta e por seu pai, a dançarina Carmencita.

As gêmeas trapezistas de biquíni haviam sumido, imaginando que seriam os próximos alvos.

A UCRANIANA IRINA lançou-se contra HELENA, esbravejando:

- Seu louca! Maluca! Você atirou na Armando! Eu vai matar você - Gritava, enquanto tentava estrangular a morena.

HELENA não reagia. Sequer tentou impedir que IRINA a azunhasse e lhe arrancasse tufos do cabelo liso. Rapidamente, Pontes, o delegado calvo, conseguiu separá-las.

Helena continuou paralisada até que a ambulância e a polícia chegassem.

Antes de ser algemada, observando os policiais espanhóis que se aproximavam para levá-la, Helena só pensava nas coisas que jamais faria, no seu sonho frustrado de se tornar astronauta, na sua vida vazia, sem família ou filhos, e na fraude que sempre fora o seu romance com Armando.

Foi aí que sentiu uma vibração muito leve na pequena bolsa amarela. Tirou de lá o smartphone, e olhou uma mensagem que havia no whatsapp.

Primeiro ficou perplexa, mas depois abriu um belo sorriso. O primeiro sorriso que dava naquele dia terrível, entre suas lágrimas silenciosas.

Iolandinha Pinheiro
Enviado por Iolandinha Pinheiro em 28/10/2015
Reeditado em 18/03/2016
Código do texto: T5430529
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