A Estratégia da Aranha


 
Depois de uma caminhada, com o suor saindo pelos poros, depararam com um caramanchão abandonado, no meio da vegetação do cerrado. A Maga e o Isaías foram pesquisar o entorno, enquanto Arnóbio fixava as redes nos mourões. Maga ouvira o som de água de cachoeira e rumou para lá. Uma cachoeira, era tudo de que precisa naquela manhã, que se aproximava da tarde ensolarada. Isaías a seguiu como cão de guarda, pois estava certo de que ela, sozinha, seria capaz de provocar uma hecatombe.
   Deitado com os olhos fixo no teto de folhas de coqueiros, Arnóbio observava, atento, uma aranha estática em sua teia bem trançada. Afastou o pensamento de Isaías, que sempre discutia com Maga por qualquer motivo, como o de ela apertar a pasta de creme dental pelo meio. Uma mosca enroscou-se na teia, imediatamente a aranha se atirou sobre ela, inoculando paralisantes das quelíceras, ato contínuo envolvendo a vítima num emaranhado de tênues linhas, para em seguida retornar à posição de origem. Mas não teve tempo, outro inseto, desta vez bem maior e mais forte, caiu na armadilha e enquanto lutava para se livrar das amarras, a aranha, hábil e ágil tecia tênues fios sobre o inseto, que se debatia. Esforço em vão. Mais alimento estocado.
   A estratégia da aranha produzia resultados, enquanto a de Isaías não surtia efeito algum sobre Maga, que neste momento se jogara, inteiramente nua nas águas da cachoeira.





Teias de Aranha

Algumas aranhas constroem teias. Os fios dessas teias, constituídos de seda, são produzidos em glândulas especiais, localizadas no abdômen da aranha.
As teias são usadas como armadilha para capturar os pequenos animais, na maioria insetos, de que se alimentam essas aranhas, que os matam com as quelíceras.




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