MINICONTO
O MARCENEIRO.
 
Era uma vez um habilidoso marceneiro que vivia numa aldeola encravada num fértil vale numa distante montanha.
Ele era solteiro e, além do capricho de suas criações, era solidário com todos habitantes do local, que, por sinal, somavam, apenas, poucas centenas de seres.
Eram tão perfeitas suas obras e de tão baixo custo que não lhe faltavam encomendas; era uma cadeira ali, uma mesa acolá, uma cama para um casal novo, uma estante para o boticário, um crucifixo para o pároco, um banco para a pracinha e coisas que tais.
Assim, passo a passo, Estanislau (esse era o seu nome) foi criando fama e exemplo de honestidade naquela pequena comunidade.
Já se tornara comum o conselho para alguém em dificuldade “Procura o Estanislau que ele vai te ajudar”.
E, assim, o tempo rolava preguiçoso como queria Deus e, um dia o nosso marceneiro criou uma espécie de banco, que recebia depósitos dos clientes, aplicava o montante em empréstimos à juros “de pai pra filho” e dentro dessa nova atividade tirou muita gente de dificuldades sérias e sua credibilidade aumentava cada vez mais, tanto que, à boca pequena, já se falava em possibilidades eleitorais.
Como seu “banco” não tinha, obviamente, instalações luxuosas, a coisa se resumia à coleta dos depósitos (que eram guardados numa bela arca feita por ele mesmo) e à emissão dos indispensáveis recibos, tudo muito simples e eficiente.
E, tranquilamente, o tempo foi passando, a aldeola progredia, todo mundo feliz e tranquilo, o delegado de polícia, sem problema nenhum, se dedicava a pescar no riacho próximo e sua bela mulher cuidava, zelosamente, de sua morada.
Então, numa noite sem lua, Estanislau fugiu da aldeia levando todo o dinheiro da arca e, de quebra, a bela mulher do delegado!
 
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Imagem - Internet
moral da história - "não esqueça nunca; um olho no peixe e outro no gato!"

 
 
 
paulo rego
Enviado por paulo rego em 28/01/2017
Reeditado em 28/01/2017
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