REENCONTRO

Desbravo-me à procura de uma aldeia qualquer. Apuro ouvidos e olhos liquefeitos. Muito longe, para mais da chuva que sonoriza a terra, além dos cacoetes da solidão, o silêncio é indecifrável. O que agora transponho é um outro tempo. Ficaram no passado a velocidade da luz, o laser, as comunicações instantâneas. Nesta noite aparentemente sem fim, preciso distinguir a vibração longínqua e tímida de uma luminária, que minha mãe por certo dispôs junto à janela para orientar o meu rumo.