ERA UMA VEZ

ERA UMA VEZ

As extremidades aos poucos se aquecem, pelos gozos que espalham sementes nas veias de câncer, capricórnio e equador. Os frutos gerados não se proliferam no chão, não tem raízes, caules, folhas ou flores, são frutos tóxicos, providos de tronco, membros e uma cabeça errática, que vai arrasando tudo por onde passa, provocando mutações em estações e fenômenos. Brisas viram furacões, chuvas viram borrascas, frios viram friacas, calores viram ardores. Os frutos vão apodrecendo e gerando outros, cada vez mais podres de sabedoria inútil. A morte virá por afogamento, asfixia ou queimadura, alguns “iluminados” assistirão da lua ou Marte o armagedom, nada lamentarão, apenas dirão, ainda bem que saímos a tempo. Fim.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 31/08/2019
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