Trigésimo sétimo contopoesia ou dormindo no carnaval

Terça feira de carnaval, aliás eram duas da manhã e já era quarta de cinzas e ele estava chapado, feliz e de ressaca, totalmente exausto e morto de sono. No meio daquele povo todo dançando freneticamente, o único lugar com um mínimo de sossego era o canto do salão onde se erguia a caixa de som de quase dois metros. Ele não teve dúvida, se recostou naquele barulho sólido e, mergulhando no seu próprio silêncio, adormeceu profundamente.

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 02/11/2019
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