Quinquagésimo nono contopoesia ou a lua transborda sobre os edifícios

Sobrou um sorriso, através do vidro, através das grades. Depois da ventania, depois da tempestade, uma solidão tranquila caminha entre destroços. Estórias, estorvo, estágios da alma que se perde e tropeça, envelhecendo, adoecendo, murchando. Uma folha apenas cai e não sofre. Na noite sem estrelas, bem no alto, um pássaro canta. E a lua transborda sobre os edifícios, sobre as antenas e sobre os postes.

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 14/12/2019
Código do texto: T6818538
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