LÁGRIMAS QUE SALVAM

Ele realmente não entendia porque ela tanto chorava. A paixão corria ardente, a vida caminhava bem, os negócios traziam lucros, contudo era sempre aquela choradeira sem fim.

Um dia, depois de muito consolar, cabeça no ombro, peito molhado, arriscou:

- Pra que tanto choro, amor?

Ela, inundada em seu pranto cotidiano, explicou:

- É que minhas lágrimas matam a sede dos sonhos. Os sonhos são viajantes perdidos em um imenso deserto.