O lenço amarelo

Na estação, tudo era preto e branco aos olhos de Petrônio. A única coisa colorida era o lenço amarelo bordado à mão, que a amada, acenando pela janela deixou cair, e que o vento, compadecido daquele jovem, trouxe ao encontro do seu rosto, fazendo com que o perfume de lavanda impregnasse até à alma daquele pobre em desalento de amor. Aquele lenço foi a lembrança mais marcante que ele guardou em uma gaveta.

Nem imaginava Petrônio que com ela, o fruto daquele amor partia também. Mas, há muitas estações pelo mundo, chegadas e partidas e reencontros e surpresas e recomeços...