Picada de Cobra

Daquela árvore o que se via, também, um cipó escuro...

Por nada assinalava do começo, por nada do fim...

Gosto de menino, sem medidas no alcance do perigo,

Até abraçá-la, por querer se aconchegar no topo...

Não tempo da conquista, mas do ganho na picada...

A Morte por um fio, sem a indicação do seu sim...

Quando chega o momento, nunca se sabe o destino...

A comunidade, num laço firma e forte, entrelaçada;

A Esperança, a Fé, a Oração, a Família vestindo escudo,

Até a volta, por longas estradas, e o Milagre do Soro.

Bonita Interação do Poeta: Joaquim Veríssimo Ferreira Filho.

Na selva não há uma cobra mansa.

Se a bravura é do letal veneno,

Só a quem uma picada alcança,

Sabe a dor da ânsia que está sofrendo.

Cuidados não são de sobra,

Precaução não é segredo.

É bom evitar manobra,

Passando em pé de rochedo.

Quem foi picado por cobra,

Até de cipó tem medo.

José Corrêa Martins Filho
Enviado por José Corrêa Martins Filho em 20/03/2024
Reeditado em 27/04/2024
Código do texto: T8024366
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