Chama o Ladrão!
Ao olor inebriante do verde ouro americano que exala do colchão, sob a frágil luz que mais cega que ilumina, as duas se enroscam, se lambem, se devoram.
Não se saberia dizer onde uma acaba e a outra começa, na dança promíscua de um baby-doll vermelho-cuba e uma camisola azul-petróleo.
Na vitrola, um tal Julinho da Adelaide, excitado, sugere:
- Chama o ladrão! Chama o ladrão!
E até pareceria contradição quando seu alterego lamenta:
- Bye Bye, Brasil! A última ficha caiu.