Sétima noturna.

Não conseguia, definitivamente. A garganta, também, estava seca. Era o jeito. Pelo menos poderia se distrair, fugir daquela imersão de nada da cama. Foi à cozinha, pegou o copo e pôs água, ouvindo, do trajeto, desde seus passos, o som metálico, e a água abraçando o novo lar. Ao beber, era como se todo o seu corpo congelasse. O líquido fervia em frio por dentro. Sentiu um despertar.

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 28/04/2023
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